quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Crônica de Um Amor Esquecido

Com direção de Milton Cardoso, o palco do Teatro do Sesi de Itapetininga recebe às 19h desta sexta, 13, a peça 'Crônica de Um Amor Esquecido', baseada nos textos do jornalista Alberto Isaac, que na oportunidade lança o segundo volume do livro 'Vivas Memórias'.
O espetáculo também será apresentado no sábado, 14, a partir das 15h. 

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Cantora Lilian Knapp lança novo CD e comemora trajetória de sucesso

Talento que explodiu no movimento da Jovem Guarda, Lílian Knapp se reiventa ao lançar um álbum contendo seus maiores sucessos em ritmo de forró. Em entrevista exclusiva para o Ponto de Encontro, a cantora revela que por conta do trabalho, passou uma temporada em Portugal e que acredita que hoje é muito mais difícil fazer sucesso, mas que o artista que conseguir emplacar ao menos uma música, pode sim ficar rico


A entrevistada é a cantora e compositora Lilian Knapp. Carioca e nascida em 30 de março, a artista chama a atenção pelo fato de no alto de seus 71 anos, estar em plena forma e ainda pegar muita praia, como ela mesma comenta neste gostoso bate-papo.

Lançada no cenário musical no movimento da Jovem Guarda, que em 2020 completa 55 anos, fez história ao emplacar sucessos como Devolva-mePobre MeninaEu Não Sabia Que Você ExistiaO Pica-Pau, entre outros.

O começo
Dona de uma voz doce e encantadora, Lílian é artista desde sempre, mas profissionalmente conta que primeiro despontou como compositora e versionista e somente depois, como cantora.

Romantismo
Se Lílian é uma mulher romântica? Ela diz que sim e que a inspiração para compor vem de sua própria experiência de vida ou das histórias de amigos ou conhecidos.

Artistas que já gravaram suas obras
Lílian é mesmo privilegiada. Seja fazendo versões ou inéditas, ela já teve suas canções gravadas por artistas como Renato e Seus Blue Caps, Zezé Di Camargo & Luciano, Agnaldo Timóteo, Ed Carlos, Ed Wilson, Fevers, José Augusto, Sandra de Sá, Jerry Adriani, Sandy e Jr., Adriana Calcanhoto e também em trabalhos na época da Jovem Guarda e em carreira solo.
Zezé gravou, de Lílian, a música Eu Só Penso Em Você, que explodiu
Fase solo
O ano era 1979. Já em carreira solo, Lílian teve novo auge na carreira, desta vez conquistando as paradas e premiações pelos sucessos Sou Rebelde e Uma Música Lenta, esta segunda chegou a ser gravada em espanhol pela própria cantora, pois seu sucesso já ultrapassava as fronteiras do País.
Álbum solo produzido por Roberto Livi: dois discos de ouro
Em Portugal
Apesar de tanto tempo de carreira, Lílian conta que este ano foi a primeira vez que morou em um lugar que não fosse o Brasil (Portugal), para divulgar sua música.

Rock
Você já imaginou Lilian cantando rock? Pois é. Apesar de as gravadoras comercialmente terem explorado seu lado romântico, ela gosta muito de rock.
“Adoro rock! Tenho minha banda ‘Kynna’, junto com meu marido, Cadu Nolla”, comenta a artista, revelando que está na pré-produção do 2° CD .
E sobre o estilo, Lílian conta: “há pouco viemos a saber que fui a primeira mulher a compor um rock no Brasil O Pica-Pau, junto com Renato Barros. Homens já tinham feito...mas mulher...fui eu”, ri, comemorando.
Com Cadu, seu esposo e parceiro também na Banda Kynna
Rita Lee
E Rita Lee? Por acaso não é dela o título de ‘Rainha do Rock’? Se na Jovem Guarda Lílian já cantava o gênero, então a reportagem perguntou se nossa entrevistada se sente injustiçada.
Sempre muito gentil e bem-humorada, Lílian diz que “não” e que aceita o título de ‘Princesa do Rock’ (mais risos). Na Jovem Guarda seu título era ‘Princesinha’, como Erasmo Carlos (‘Tremendão’), Wanderléa (‘Ternurinha’), Ronnie Von (‘Príncipe’) e Roberto Carlos (‘Rei’). Vem daí o fato de RC ser chamado assim até hoje.
A roqueira Rita Lee
Sem problemas com a idade
Muitas celebridades não revelam a idade por nada, o que não acontece com Lílian, aliás, sua resposta é mesmo como diria Hebe Camargo, uma gracinha. “Nem que eu quisesse. Por causa da Jovem Guarda (risos), mas eu brinco que comecei como Mozart! Com quatro anos”.

Passado e futuro
Muita coisa mudou no mundo da música. Os discos, compactos e fitas k-7, após muito tempo, deram lugar ao som digital do CD, que teve vida curta e as grandes gravadoras lançam pouca coisa em formato físico e o momento é de vender as músicas pela Internet.

Para Lílian, que passou por todas essas fases, do boom, a análise que ela faz, é que as gravadoras praticamente acabaram. “Tudo agora rola pelas mídias digitais. Eu mesma estou lançando um single que não é fisico, um pop-rock O que eu Quis, que canto junto com os Mercantes, uma banda de BH. Só fiz uma pequena prensagem pra colecionadores!”, diz a cantora.

Sertanejo universitário
Nos últimos anos as gravadoras têm trabalhado muito mais o gênero sertanejo universitário que qualquer outro. Assim como há aqueles que admiram este estilo de música, existem pessoas que não curtem, criticando especialmente o conteúdo “baixo” e “apelativo” das letras. Sobre este gênero, Lílian também comentou. “Como dizia minha avó, gosto não se discute! Acho que tem público pra todo mundo! Até pra mim .neste momento”, destaca.
Ainda sobre as duplas sertanejas (universitárias), perguntamos para Lílian se ela acha que hoje em dia dá para ganhar muito mais dinheiro que antigamente e ficar rico.
“Hoje em dia é muito mais difícil fazer o sucesso de uma música”, avisa Lílian, acreditando que quem consegue “pode ficar rico”. 

Espaço na TV
Até o final dos anos 1990 ainda existiam vários programas de auditório na TV. Com o falecimento de seus principais apresentadores, Chacrinha (1988) e Bolinha (1998), os espaços foram ficando cada vez mais raros. Programas como O Povo Na TV, Geração 80, Globo de Ouro, Xou da Xuxa, Milk Shake, Mara Maravilha, Viva a Noite e Sabadão, eram grandes vitrines para a divulgação dos artistas.
Hoje temos Faustão, Domingo Legal, Rodrigo Faro, Eliana, entre outros, mas nada comparado ao passado, onde muitas atrações ganhavam espaço nas programações.
Com a apresentadora Fátima Bernardes
Lílian diz não ter do que se queixar.  “Faço TV algumas vezes por ano e sempre sou chamada pelo Silvio Santos e Ratinho, juntamente com outros artistas experientes”, comenta, acrescentando que gosta de “fazer shows” e “estar em contato com os fãs, além da Internet”.
Pose com o apresentador João Kleber
Internet
Em tempos de Internet, é inegável a aproximação do artista e seus fãs, principalmente redes sociais, inclusive em tempo real. Lílian confessa amar fazer vídeos ao vivo e que gosta muito do contato com seus admiradores.
“Pode me seguir e falar comigo pelo messenger! LILIAN KNAPP no Facebook (tem foto de um show meu)”, convida a cantora, que tem feito transmissões ao vivo às terças, quintas e sábados, por volta de 18h. “Passa lá e dá um alô”, enfatiza a artista.

Forró
E Lílian Knapp sempre se reinventando. Cantou na Jovem Guarda, o romantismo, rock e agora lança um CD de forró.

Segundo a cantora, a ideia de gravar neste estilo foi do maestro Abelha, de Aracajú, com a ajuda de seus fãs e do programa do Geraldo Luís, da Record, que patrocinaram o álbum. Êle ‘bolou’ os arranjos das músicas e ficou muito legal”, elogia.
Ela comemora a boa aceitação de seu público. “Todos que compraram, disseram que gostaram muito”.

As canções do novo CD
Das 12 faixas do álbum, apenas uma é inédita. As outras são regravações dos sucessos da própria cantora.

Amar Você Pra Sempre (Lílian Knapp), Como Se Fosse Meu Irmão (Lílian Knapp/Marcio Antonucci), Devolva-me (Lílian Knapp/Renato Barros), Eu Te Espero (Lílian Knapp), Frevo Mulher (Zé Ramalho), Gaivota (Renato Barros/Ed Wilson), Hoje é Sábado (Abelha), Homem Pássaro (Lílian Knapp), Isso é Muito Bom (Chico Anísio/Arnaud Rodrigues), O Pica-Pau (Lílian Knapp/Renato Barros), Sou Rebelde (versão Paulo Coelho) e Uma Música Lenta (Roberto Livi/Alessandro).

Política
Sobre o atual cenário político, a cantora não se prolongou, respondendo: “estou no aguardo”.

Religião
Perguntada sobre sua religião, Lílian preferiu dizer apenas “Jesus Cristo”.

Ídolos na música
Entre cantores e bandas que Lílian admira, diz gostar de muitos, mas cita alguns: Tim Maia, Elis Regina, Nana Caymmi, Guilherme Arantes, América, Beatles, Seals and Crofts, Renato e Seus Blue Caps, Cat Stevens, Elvis Presley, Elton John e Flavio Venturini.
Homenagem no programa do Chacrinha
Lílian x Ivete
Conforme já citado nesta reportagem, vários nomes do cenário musical brasileiro gravaram composições ou versões feitas por Lílian, mas ela revela que gostaria de ter uma canção sua gravada por Ivete Sangalo.

Roberto Livi
Embora pouco divulgado, em janeiro deste ano perdemos o cantor e compositor Roberto Livi, artista que produziu discos de muitos, como Lílian, Sidney Magal, Roberto Carlos, entre outros.
Lílian comenta sobre Livi: “foi o melhor empresário que tive em toda minha vida artística. Foi quem construiu minha carreira solo com capricho, produzindo muito bem, junto com Ed Wilson, os meus primeiros discos, sendo os dois primeiros, Sou Rebelde e Uma Musica Lenta, resultando em dois discos de ouro”, lembra.

Sonho a realizar
Mesmo com tanto tempo de estrada, Lílian diz que ainda não realizou todos os sonhos e que um deles é ser conhecida em Portugal como a compositora de Devolva-me (junto com Renato Barros) que fez muito sucesso quando entrou na novela da TV Globo, Laços de Família (ano 2000) de Manoel Carlos. 

“Maravilhoso escritor, que conheci em São Paulo, quando trabalhava na produção do programa Jovem Guarda, apresentado pelo Roberto Carlos no final dos anos 1960. Vidas que se cruzam muitos anos depois”, menciona Lílian, referindo-se ao novelista.
A gravação de um DVD de carreira também está nos planos da cantora.


Turnê
A cantora percorre o Brasil e outros países com as músicas do novo CD, que reúne os maiores sucessos de sua carreira, especialmene a fase dos anos 80.
Lílian termina a entrevista agradecendo o espaço e deixando seus contatos para shows:
Facebook (Lílian Knapp), e-mail cadunolla@yahoo.com.br ou (11) 96971412.
Lílian é pura emoção em turnê que percorre o Brasil e outros países

Lílian querida, além de fã eterno, tenho a honra de há quase 20 anos estar em contato direto com você.
Como jornalista, sempre uma grande honra poder acompanhar e divulgar seu trabalho.
Beijos!
Muito obrigado!

Rogério Sardela




segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Maria Zilda Bethlem e seu delicioso livro de memórias


A vez é dela, Maria Zilda Bethlem, uma atriz que transita com facilidade e muita naturalidade por todos os gêneros: faz rir na comédia, chorar no drama e se apaixonar por todas as suas personagens.
Considerada uma das atrizes mais belas e sensuais de sua geração, Zilda teve o privilégio de trabalhar com os melhores autores e diretores de novelas.
Quem acompanha sua carreira, não esquece da espetacular parceria em cena com Marco Nanini, no especial Casal Vintém, de 1983 e no final da década de 1980, no humorístico TV Pirata e também no Sai de Baixo.
Em 1985, estampou a capa comemorativa dos dez anos da revista Playboy no Brasil, ainda no avassalador sucesso de Vereda Tropical.

Em novelas, difícil e quase impossível escolher a que mais lhe marcou ou a vida de seu público, mas vale destacar a Vânia de Guerra dos Sexos, a Verônica de Vereda Tropical, a Laura da segunda versão de Selva de Pedra, a Carina de Hipertensão, a Bia de De Corpo e Alma, a Walkíria de Olho no Olho e tantas outras inesquecíveis.
Capa da trilha sonora nacional de Hipertensão

Com Claudio Cavalcanti e Ary Fontoura, também em Hipertensão

Claro que ela também brilhou no cinema: A Intrusa, Vagas para Moças de Fino Trato, Eu Não Conhecia Tururu e Minha Vida Em Suas Mãos, nestes dois últimos, foi também produtora, só para citar alguns.
Como esquecer da Irene da minissérie Decadência, de Dias Gomes, ou ainda suas inúmeras participações em episódios do Você Decide?
Teve o honra de gravar, a pedido do próprio amigo Cazuza, a música Brasil, para o programa Fantástico, antes mesmo do próprio criador e de Gal Costa.
No teatro não foi diferente. Também produziu peças que excursionou com sucesso pelo Brasil, como Artigo de Luxo, Segundas Intenções e Isso Era Tudo Que Eu Queria e muitas outras.
Resgatou com muito brilho e êxito o teatro de revista (Theatro Musical Brasileiro)
Com um currículo de fazer inveja e 45 anos de carreira, Maria Zilda esteve em recentes produções, como Chuteira Preta e O Pico da Neblina.
Sua última novela foi em 2016, Êta Mundo Bom, mas ela garante que se depender dela e para tristeza dos fãs, trabalhar novamente em folhetins, não está mais em seus planos.
Encerrada em outubro último, o público matou as saudades da atriz com a reprise de Por Amor, onde viveu a arquiteta Flávia e atualmente pode ser vista na segunda versão de Selva de Pedra, pelo canal Viva, na pele de Laura Vilhena.

Em A Intrusa

Como Flávia, dividiu o público na disputa do amor de Atílio


Com Dina Sfat, estiveram juntas em Bebê a Bordo

Livro de memórias

A novidade é que Maria Zilda não para e acaba de lançar seu livro de memórias: A Caçadora de Amor, recheado de histórias sobre sua vida pessoal, em diversas fases e curiosidades e revelações do mundo artístico, que ela conhece tão bem.
Para divulgar a obra, a atriz tem participado de diversos programas de TV. Esteve no Mais Você (Ana Maria Braga ), Na Lata (Antonia Fontenelle), The Noite (Danilo Gentili), Sem Censura, Mariana Godoy Entrevista, bem como entrevistas para badalados sites e jornais.

Como adquirir o livro
Em São Paulo, na Livraria Giostri - Av. Rui Barbosa, 121, Bela Vista.
Também no site Amazon:

Escrever sobre Maria Zilda é como falar de alguém que conheço desde criança, que sempre se fez presente em minha vida, ainda que através de vídeos e reportagens  de revistas e jornais.
Com o advento da Internet, tive a felicidade de trocar algumas mensagens com esta, que considero uma das maiores atrizes de todos os tempos e ainda receber dela, um áudio.
Pode parecer algo tão simples, mas para quem admira e respeita seu trabalho, é um grande reconhecimento.
Obrigado, Maria Zilda, por fazer não só a minha vida mais feliz, mas a de milhares de brasileiros também.

sábado, 3 de agosto de 2019

A grandeza e importância do trabalho de Walkiria Paunovic

Após a excelente repercussão desta entrevista que realizei para o Internet Jornal, republico para os leitores do blog Ponto de Encontro.
Entrevista com Walkiria Paunovic, Artista Plástica Curadora. Ela escolheu Itapetininga para viver com sua família e realiza importantes trabalhos na área de restauração, arte que exerce com maestria, além de ser um grande talento como pintora. Ao final, ela revela uma novidade 



Nossa convidada nasceu em São Paulo no dia 28 de março de 1954. Filha de Hernando de Souza Moraes e de Trinidad Robles Moraes, é casada com Jorge Paunovic, sendo pais de Vanessa, Davi e Juliana. A alegria da família aumentou com a chegada do neto Pietro Henrique.
A escolha de Itapetininga para viver, há 24 anos, conforme Walkiria, foi para ter mais qualidade de vida. É Católica, Apostólica, Romana.
Na Academia Itapetiningana de Letras, ocupa a cadeira nº 13, tendo como patrono, Carlos Ayres.



Cursos e formação
Dona de um currículo brilhante, a entrevistada fez vários cursos técnicos em escolas de Artes e ateliês em São Paulo, em instituições de renome, como Senac e professores como Ivênio Pires e Maria Isabel Salem. Seu estilo é o impressionismo espatulado a óleo.
Como profissional, exerce atividades em Programação Visual (comércio e merchandising), Artes Plásticas (técnicas em óleo e acrílico), Cenografia para teatro e restauração de antiguidades e telas, além de ser diretora do Museu Carlos Ayres. È também proprietária da ME WJ Restauro.
A obra 'Ela'




O começo
Questionada sobre quando surgiu o interesse pelas artes plásticas, Walkiria lembra que frequentou quatro anos as oficinas de artes do Colégio Dr. Carlos Villalva Junior, em São Paulo, onde teve aulas de desenho, artes, cerâmica, mosaico e encadernação. “Foi quando despertei para as artes”, enfatiza.

Artistas preferidos
Claro que todo artista tem suas referências. No cenário mundial Walkiria aprecia trabalhos dos impressionistas Van Gogh, Monet e Renoir. De nacionais, gosta de Tarsila do Amaral e Candido Portinari.

Importância do trabalho
Para a entrevistada, a importância do trabalho é que as telas registram uma época, costumes, roupas e beleza que “devem ser preservadas para as gerações futuras, a História”.



Escolas e ateliês
De acordo com Walkiria, no Brasil uma boa dica para quem está procurando ingressar na carreira, é a Universidade Belas Artes São Paulo, bem como a Santa Marcelina, entre outras.
“Os ateliês ensinam as técnicas”, observa Walkiria, que complementa: “mas o verdadeiro artista carrega um estilo próprio que desenvolve com o tempo”.

Inspiração
Como todo artista, seja na música, na criação de algum personagem, com Walkiria não é diferente. Ela conta que gosta de pintar em seu atelier e revela que a natureza lhe inspira, além da música clássica, principalmente piano.

Júlio Prestes
Antes
Em 2016 a artista realizou importante trabalho de restauração das obras de Júlio Prestes, principalmente no período em que o prédio do Centro Cultural e Histórico Brasílio Ayres Aguirre esteve fechado para reformas.
Sobre este assunto, ela recorda que as obras estavam acondicionadas em sacos plásticos com grande quantidade de pó de cupim, com as laterais das telas danificadas pela praga.
Relata que algumas telas estavam rasgadas e com respingo de tintas (provavelmente látex) e que as molduras tiveram de ser trocadas, pois estavam destruídas pelos cupins.
Depois
Conforme Walkiria, foram três telas de Júlio Prestes, uma de Fernando Prestes e uma charge em Aquarela de JP, num trabalho de restauração que durou seis meses, devido ao estado em que as obras se encontravam.

Como ficou






















Restauração na Catedral Nossa Senhora dos Prazeres
Danificada
Outro importante trabalho realizado por Walkiria, foi a restauração da mais antiga imagem de Nossa Senhora dos Prazeres do século XVII, esculpida em madeira (Portugal), estilo barroco, da Catedral de Itapetininga.
A artista conta ter sido procurada pelo padre Reinaldo Ramos e fez uma avaliação.
“A Santa estava sem dois dedos de sua mão, totalmente craquelada com falhas no rosto e no corpo e também havia uma rachadura profunda na lateral da imagem”, recorda Walkiria, acrescentando: “o Menino Jesus estava com a falta de dedos em sua mão, craquelada com cupins em seu interior”, esclarecendo que ambas foram descupinizadas e totalmente restauradas, num trabalho que consumiu pelo menos nove meses.

Muita dedicação e amor são marcas de seu trabalho






Trabalho realizado na Casa Kennedy
Ao contrário dos trabalhos de restauração realizados nas telas do Centro Cultural e nas imagens da Catedral, na Casa Kennedy Walkiria fez a higienização e posteriormente as obras foram hidratadas, reavivando suas cores. “As obras estavam escuras, devido a ação do tempo e da poluição”, relata a entrevistada, que comemora: “ajudamos a organizar o Museu Carlos Ayres”.




Projetos e prêmios
Vale destacar que entre projetos desenvolvidos em Itapetininga, em 2010 Walkiria foi a responsável pelo ‘Natal Encantado’ na Praça Peixoto Gomide com a ‘Fábrica de Brinquedos’, com rampa, bonecos, trenós e presépio para a Prefeitura e Associação Comercial.
No ano de 2015, participou como cenógrafa de três peças, incluindo a ‘Paixão de Cristo’ de 2016, além de inúmeras mostras em Itapetininga, Sorocaba, São Paulo, bem como tem algumas de suas telas expostas em Toronto/Canadá.
Entre variados prêmios que conquistou, destaque como Melhor Cenógrafa na VII Mostra de Teatro de Sarapuí (Prêmio Junior Mosko de Teatro – Melhor Cenário Adulto com a peça ‘O Filho Ingrato’), Prêmio MAPRI – Mostra de Artes Plásticas, Menção Honrosa Câmara de Itapetininga, entre outros.








Artista prepara livro
Em primeira mão, a artista adiantou que está finalizando um livro sobre restauração, o qual, segundo ela, terá muitas fotos de todas as fases de restaurações, inclusive de Volpi.
“Em meu livro falo da importância do cuidado e da restauração para preservar a História para as futuras gerações. Na Europa todos os museus tem profissionais que cuidam das obras e se necessário as restauram. No Museu Louvre em Paris, a responsável pelo laboratório de restauração das obras há 40 anos é Regina Moreira, uma brasileira.

Para quem quer começar
Walkiria Paunovic finaliza a entrevista deixando mensagem para pessoas que possuem talento para as artes plásticas, sugerindo: “procure um atelier onde você possa desenvolver seu potencial e seu estilo de arte”.

Com o esposo, Jorge Paunovic

Pietro, o neto



Recebendo prêmio com o padre Reinaldo