domingo, 8 de outubro de 2017

Kátia: os 30 anos do lançamento de Qualquer Jeito


Kátia, cuja carreira iniciada em 1978 com o compacto simples Tão Só, seguido do estrondoso sucesso Lembranças, presente da dupla Roberto e Erasmo, entre outros álbuns e compactos lançados até 1984, volta ao mercado da música em 1987, desta vez pelo selo 3M do Brasil, uma gravadora menor, mas com o suporte da BMG.
No quarto álbum da cantora, composições de nomes de peso, como seu padrinho Roberto Carlos e o parceiro Erasmo, responsáveis pela versão da música do americano Bob Mc Dill para It Should Have Been Easy. Em português a música carro-chefe ganhou o título de Qualquer Jeito, conhecida pelo refrão ‘Não está sendo fácil’.
O romântico José Augusto faz com Kátia um dos mais belos duetos já ouvidos em Desejos, autoria da própria Kátia, que assina outras faixas, como Quantas Vezes (com Kayto Prieh), Desliga o Som (com Papi) e Tudo Bem (com Lincoln Olivetti e Robson Jorge).
E Não Dá Mais: de Mauro Motta, Lincoln Olivetti e Robson Jorge, foi outro destaque do disco.
Michael Sullivan e Paulo Massadas, que naquela década assinaram os maiores sucessos de muitos artistas, também marcaram presença no álbum de Kátia, para a qual fizeram Se Eu Ficar Sem Você e Doce Prazer.
José Augusto aparece como compositor no Lado B e assina com Paulo Sérgio Valle, outro grande sucesso do LP: Jogo Marcado.
Finalizando o álbum, Com Que Direito, de Ed Wilson e Cury, na interpretação única de Kátia.
Com este disco Kátia alcançou o posto de primeira artista de sua gravadora, ganhou prêmios importantes e a música Qualquer Jeito conquistou o Brasil, seguida dos outros sucessos do álbum, que não apenas vendeu muito, como tocou demais, emocionando crianças, jovens e adultos.
Considerado como um dos melhores álbuns da carreira da cantora e da década de 1980, o disco teve como produtor Ed Wilson e arranjos de Lincoln Olivetti, dois grandes nomes de música de qualidade, já saudosos.
Não é à toa que o refrão “Não Está Sendo Fácil” continua mais atual do que nunca, imortalizado na doce voz de Kátia.
Único trabalho da artista pela 3M do Brasil, que posteriormente passou seu catálogo para a Gravações Elétricas S.A., uma das maiores gravadoras do País, detentora dos selos Continental e Chantecler (atualmente Warner Music) e até hoje não relançado em digital oficialmente.
Há 30 anos.


Rogério Sardela