O
entrevistado da vez é o jornalista Helio
Rubens de Arruda e Miranda, editor do Jornal Cultural ROL Inter-Net Jornal
e responsável por veículos de comunicação que deixaram sua marca na história da
imprensa itapetiningana, como Nossa Terra
e O Popular.
Como
entrevistador, a ideia era receber as respostas e publicá-la em texto corrido,
mas o conteúdo é tão rico que seria impossível e um ‘pecado’ não apresentá-las
ao leitor, fielmente, da forma como vieram.
Nesta
diferente entrevista, Helio Rubens fala de sua paixão pelo jornalismo, das
experiências em outros segmentos, dos casamentos, família, política, religião e
inclusive opina sobre o atual presidente da república.
Nome completo, data
e local de nascimento:
Helio Rubens de Arruda e Miranda, nascido em São
Paulo, capital, dia 13 de setembro de 1942.
Filiação:
HR: Sou filho de dois itapetininganos dos quais me
orgulho muito, minha mãe Elsa de Arruda e Miranda e meu pai, Alcindo Guanabara
de Arruda e Miranda, os dois heroicos combatentes da Revolução
Constitucionalista de 1932. Meu pai, para meu orgulho aumentar, será
homenageado no próximo dia 9 de Julho com a ‘Medalha da Constituição’, a mais
alta honraria entregue pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Em qual ano e por que escolheu Itapetininga para viver?
HR: Vim para cá, saído da Capital, onde nasci,
basicamente por dois motivos: primeiro pelo amor à cidade de Itapetininga que
aprendi a ter com meus pais e segundo porque resolvi trocar a vida agitada da
São Paulo e um cargo de executivo de multinacional pela então (hoje já não é
mais tanto....rs) pacata Itapetininga e sua gostosa vida interiorana.
Quais profissões
exerceu antes de se tornar jornalista?
HR: Comecei como ‘office boy’ na tradicional loja
Mappin. Esse cargo existia antigamente e dava direito até a uma Carteira de
Trabalho de Menor. Essa função ‘servia para tudo’, de mensageiro a carregador
de mercadorias, passando por trabalho burocrático. Foi meu início de vida
profissional e um período que lembro com carinho, pois nele aprendi a ter
responsabilidade no trabalho, a obedecer ordens e a conjugar o trabalho com os
estudos. Infelizmente isso não existe mais, o que é uma bobagem inventada por
não sei quem, que trata trabalho como um castigo, quando na verdade é uma
virtude. Meu pai sempre dizia e eu endosso: “o trabalho enobrece o Homem”.
Depois, fui publicitário e me tornei um especialista em franquia, uma atividade
ligada ao marketing e muito comum hoje em dia. Gerenciei empresas grandes, como
a Vila Romana, Lãs Pingouin, Peles Polo Norte e outras, como a Confecções Jack,
em Porto Alegre e tive uma agência de propaganda, mas nunca deixei de escrever
para jornais e revistas.
Helio Rubens e seu time do coração |
HR: Na verdade, Rogério, eu acho que ‘nasci’
jornalista...rs. Desde a minha infância, consequência de uma vocação
irrefreável, eu gostava de brincar de jornalista ou radialista. Meu primeiro
jornal foi ‘O Fernão Dias Pais’, nome do colégio estadual em que eu estudava,
mas nunca fui jornalista profissional em São Paulo.
Você esteve ligado
a importantes momentos do jornalismo na imprensa itapetiningana. Você foi o
fundador do jornal Aparecida do Sul?
HR: Não, quem fundou o jornal Aparecida do Sul foi
o jornalista Galvão Junior, que eu não conheci pessoalmente. Fui proprietário
desse jornal anos depois da sua fundação, adquirindo-o do então também
jornalista e empresário José Salem. Para
mim, essa foi uma experiência brilhante na minha vida, pois consegui – com o
apoio de companheiros - fazer um jornalismo dinâmico, muito informativo e
sério, que tinha a coragem de abertamente denunciar a censura à imprensa
imposta pela ditadura militar de então. Interessante relembrar que, no início,
o Aparecida do Sul ainda era impresso tipograficamente, bem à moda antiga.
Felizmente contei com o trabalho do melhor tipógrafo que conheci em toda minha
vida, chamado popularmente de ‘Pedro Saravá’. Ele conseguia montar as páginas
do jornal, letra por letra, com uma rapidez incrível e sem erros e depois
imprimia numa máquina antiquíssima, mas que ainda proporcionava uma boa
impressão. Anos depois, com muita dificuldade, consegui adquirir um linotipo,
que foi uma grande evolução tecnológica, pois conseguia ‘a proeza’ de compor
linhas inteiras em chumbo, evitando assim a composição letra por letra...rs
Os jornais Nossa
Terra e O Popular de Itapetininga marcaram uma nova fase no jornalismo de
Itapetininga. Quando surgiu o NT e o Pop?
HR: Depois do Aparecida do Sul, montei o jornal ‘Nossa
Terra’, em tamanho standard, juntamente com o Marco Antonio Vieira de Moraes e,
logo após, em formato tabloide, o ‘O Popular de Itapetininga’. Em ambos conseguimos,
graças a uma equipe notável, que contou inclusive com a sua importantíssima
participação, fazer um jornalismo realmente de boa qualidade, que acabou
marcando mesmo uma nova época no jornalismo da nossa cidade. Passei o jornal
para um grupo de amigos que fazia o jornal comigo, quando aceitei um convite
para voltar à antiga função de diretor de marketing e fui morar em Porto
Alegre, onde fiquei por dois anos.
O Nossa Terra
inicialmente era um jornal voltado ao setor agropecuário? Houve esta relação?
HR: Não, realmente esse nome foi aceito porque
permitia essa relação com a agricultura, mas na prática acabou sendo um jornal
inteiramente urbano, relacionado com a nossa cidade, a nossa terra de
Itapetininga.
Já O Popular de Itapetininga, em formato tabloide, estampou inúmeras polêmicas,
como aquela de 1996, quando, na calada de noite, vereadores da Câmara local
aprovaram o aumento de seus próprios vencimentos para o mandato seguinte. A
equipe da MHM Comunicações (editora do NT e do O Popular) registrou tudo e, no
dia seguinte, foi um verdadeiro escândalo entre aqueles que eram os maiores
interessados no aumento e críticas ao jornal, bem como muitos elogios pela
reportagem. Foi mais ou menos isto que aconteceu?
HR: Realmente esse foi um momento, digamos épico, do
POP, mas existiram muitos outros, pois o jornal era ansiosamente esperado pelos
leitores. A cada novo número editado, novos assuntos polêmicos eram publicados e
logo viravam assunto em toda a cidade. Promovemos eventos importantíssimos para
a politica da época, como o ‘Encontros com o Povo’, ocasiões em que conseguimos
trazer para Itapetininga grandes lideranças, como Mario Covas, Fernando
Henrique Cardoso e tantos outros.
Fechamento anunciado: e assim aconteceu... |
Por que você deixou os jornais Nossa Terra e O Popular, onde era editor-chefe?
HR: Eu sempre fui muito dedicado a tudo que fiz na vida,
inclusive - e principalmente – ao jornalismo. Mas nunca soube ganhar dinheiro,
o máximo que eu conseguia era grana para manter o jornal vivo. Vendi a minha
parte na MHM Editora para o Messias Ferreira Lucio, que era meu sócio, e parei
com os jornais, mas ele deu continuidade.
Quando surgiu a
ideia de criar um jornal somente com notas culturais, no caso, o ROL – Região
On-Line?
HR: Essa foi mais uma ‘aventura jornalística’ minha,
há 25 anos, exatamente em 1994, ainda quando a internet mal tinha começado no
Brasil e ele acabou ‘viralizando’ na época (considerando o quadro de então,
onde poucos conheciam a internet).
Contamos atualmente com colunistas e correspondentes em diversas
cidades, estados e países (até no Japão temos um deles) e, claro, leitores em
todos os continentes, prestando assim um imenso serviço à promoção da cultura,
ou seja, cumprindo garbosamente o papel para o qual foi criado.
A cada aniversário (do Nossa Terra ou O Popular), diretores, funcionários, colunistas e convidados, se reuniam para comemorar, como neste encontro, onde estavam presentes os saudosos Jacob Bazarian, Dr. Bastos e Jhota Luiz
O ROL é um grande
sucesso, com leitores em vários países. Fale sobre esse ‘filho’ virtual.
HR: O ROL é querido e louvado por ser um jornal
não-comercial, que não admite anúncios nem patrocínios de qualquer espécie e
não conta também com nenhum subsídio oficial. Ele nasceu como jornal eletrônico
ROL – Região On Line, mas cresceu, superou fronteiras e agora se chama Jornal
Cultural ROL. Temos uma excelente equipe de colunistas, representantes e
colaboradores. Editorialmente falando, o ROL sempre se dedicou à publicação de
eventos culturais gratuitos e artigos assinados e assim continua até hoje, com
fôlego e entusiasmo para durar mais 25 anos...rs. Temos dois editores, eu aqui
em Itapetininga e o intelectual Sergio Diniz da Costa em Sorocaba e
características editoriais próprias, que fizeram por merecer até um ‘Manual de
Estilo e Redação’ só para ele. E continua como começou: sem patrocinadores e
com todos trabalhando voluntariamente. Apesar disso, o Jornal Cultural ROL
cresce cada vez mais e tem fôlego até para realizar o mais importante evento
cultural realizado em Sorocaba, Itapetininga e Porto Feliz, a promoção ‘Melhores
do Ano na Área Cultural’
Ao lado do grande amigo e também editor do Jornal Cultural Rol, Sérgio Diniz |
Já que o assunto é
Internet, como você vê a tecnologia dos dias de hoje e o início da carreira
jornalística? Mudou muito?
HR: Hoje, meu amigo Rogério, consigo fazer
praticamente sozinho, semanalmente, o Inter-NET Jornal, minha ‘nova
invenção’ jornalística. Comparado com as enormes dificuldades que havia no
tempo do Aparecida do Sul, hoje é uma moleza compor um jornal inteiro. Sou
editor, redator, repórter, fotógrafo, publicitário, diagramador, paginador e
colunista e faço tudo isso diretamente do computador da minha casa. O Inter-NET
jornal é um jornal virtual, enviado gratuitamente a quem solicitar assinatura e
editorialmente aberto a todas as áreas. Aceita anúncios e patrocínios como
qualquer outro veículo de imprensa. Nasceu recentemente - para ser preciso, no
dia 9 de Junho de 2019 e já conta com
vários companheiros e centenas de assinantes, mostrando que está no caminho
certo e eu espero que sim, mesmo, pois prevejo um grande futuro por ser ele um
veículo que une a arte do jornalismo com os recursos da internet, algo novo no
pedaço.
Você é afiliado a algum partido
político?
HR: Já há um bom tempo estou desligado de atividades
político-partidárias. Acho que sou ‘livre demais’ para aceitar seguir as regras
partidárias... o que eu acho bom, elogio, mas o que não gosto também não fica
sem minha manifestação e isso, provavelmente, não deve agradar muito às
lideranças dos partidos...que preferem gente mais obediente... Mas não acho
errado quem deles participa. Eu mesmo, ainda no tempo da ditadura militar, fui
fundador de diversos partidos políticos aqui na região de Itapetininga,
principalmente nas cidades de Capão Bonito, Sarapuí, São Miguel Arcanjo e
Angatuba. Fui, inclusive, membro fundador nacional do PSDB – partido da Social
Democracia que, à época, representava o que de mais avançado existia em
doutrina política no mundo, a social-democracia, mas que, com o exercício do
poder e o tempo, parece que perdeu suas principais bandeiras.
Você fez a campanha
(marketing) de prefeitos que se elegeram em Itapetininga, com mandatos que
entraram para a história. Foi isso mesmo?
HR: Sim, graças aos conhecimentos mercadológicos que
aprendi no exercício das diversas áreas da comunicação, fui coordenador de
diversas campanhas a prefeitos de Itapetininga (Élcio de Almeida, José Carlos
Tardelli, Ricardo Barbará, Edson Giriboni e, mais recentemente, apoiador da
campanha do Ércio Giriboni), de Capão Bonito (Hélio de Souza, Roberto Tamura),
Angatuba (Emilio Carlos Lisboa) e Fartura
(Jurandi Dognani), entre outros.
Você já recebeu
convites para se candidatar a prefeito, vereador ou deputado?
HR: Como
exerci as mais diversas atividades jornalísticas em Itapetininga e Sorocaba,
como produtor e apresentador do programa ‘Berlinda’ nas TVs Verde e TVi, comentarista
da TV TEM de Itapetininga, comentarista e apresentador de programa na TV COM,
de Sorocaba, apresentador do programa ‘Helio Rubens Recebe Personalidades’ na TV
Verde, criador do jornalismo na Rádio Clube de Itapetininga, fundador da AJORI
– Associação dos Jornalistas e Radialistas, escritor com dois livros
publicados, produtor e apresentador da TV virtual Sorocaba Ao Vivo, como
produtor e apresentador do programa ‘Transparência’, e em tantas outras
atividades na área cultural e de comunicação, acabei sendo bem conhecido em
Itapetininga e Sorocaba. Devido a isso meu nome volta e meia é lembrado para
ser candidato a algum cargo público, mas nunca aceitei, porque positivamente
não sou o candidato, aquele que dá
tapinhas nas costas até de quem eu não gosta....rs e nunca tive recursos para
bancar uma campanha.
Como começou sua amizade com Jacob Bazarian? Sabe-se que vocês eram grandes amigos. O que representa ou representou JB para Itapetininga e para o Brasil?
HR: Jacob Bazarian foi meu grande mestre aqui em
Itapetininga e um dos meus melhores amigos. Frequentava amiúde a minha casa, a
ponto de meus filhos o chamarem de ‘Vô Jacob’ e na casa dele, por vezes,
passamos noites tomando vinho e eu usufruindo de seus enormes saberes. Foi, na
minha opinião, o maior intelectual de Itapetininga em todos os tempos. Estou, a
pedido do Fábio Miranda, da Commark Comunicações, escrevendo um livro sobre esse
grande idealista, onde relato ‘causos’ e episódios interessantes dos quais ele participou.
No próximo mês de outubro, se vivo fosse, JB estaria completando 100 anos e
essa importante data não passará despercebida: três grandes eventos importantes
estão programados: o lançamento do meu livro sobre ele, uma exposição a ser
realizada pelo MIS – Museu da Imagem e do Som, do qual fomos fundadores e uma hiper
palestra que está sendo preparada pela FKB com o reitor da USP – Universidade
de São Paulo.
Você está casado
pela terceira vez?
HR: Sim, a vida prepara dessas para a gente, mas
finalmente encontrei a mulher com a qual vou morar a vida toda, Ana Elisa,
minha queridíssima esposa, parceira, amante, namorada, conselheira, médica,
filha, mãe e confidente, entre outras atribuições que me fazem sentir o marido
mais feliz do mundo.
HR: Tenho cinco filhos maravilhosos, os quais amo
profundamente: a Thais, o Fabio, a Silvia, o Paulo Rubens e o Pedro Rubens, estes
dois últimos frutos do meu segundo matrimônio, cinco lindos netos Daniel,
Marcela, Kika, Rafael, Gabriel, Malu e Bia, e um igualmente lindo bisneto, o
Tales.
Você é ateu?
HR: Para responder objetivamente é preciso analisar
essa palavra. Prefiro me designar como agnóstico, aquele que ainda não descobriu
um deus. O termo ateu sugere uma posição de alguém que nega a existência de Deus,
mas como ter essa posição se ele de fato existe para mais de 80% da
humanidade?
Cite um nome que admira como político:
HR: Se tiver que citar só um, lembro do
ex-governador do Estado de SP, André Franco Montoro, o político mais puro e
competente que conheci, positivamente um grande homem! Se puder acrescentar
mais de um, cito os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Juscelino
Kubstscheck e, mais longinquamente, o líder da Independência D. Pedro I, todos
grandes estadistas.
E Júlio Prestes? Você é um grande lutador para que seu nome (retrato) figure na galeria de presidentes do Brasil. Como está o movimento?
HR: Temos um grupo no WhatsApp dedicado só a esse
assunto: a absoluta necessidade para quem quiser bem contar a História do
Brasil. Estou escrevendo um livro com o nome de ‘O Golpe de 1930 – À procura da
Verdade Histórica’, onde tenho a pretensão de acrescentar informações sobre a
figura ímpar de Júlio Prestes de Albuquerque, o melhor governador (na época se denominava
presidente) de São Paulo em todos os tempos e eleito presidente da República, e
que não tomou posse devido a um vergonhoso golpe de Estado praticado por Getúlio
Vargas, que depois virou um sanguinário ditador.
Além de seu
trabalho como jornalista, você participa ativamente de entidades importantes
como o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, IHGGI – Instituto
Histórico Geográfico e Genealógico de Itapetininga, Academia Itapetiningana de
Letras, criou a AJORI, entre muitas outras atividades. Deve se orgulhar. Como é
dividir o tempo em tantas coisas?
HR: São muitas as entidades às quais pertenço. Além
dessas cito o Instituto Júlio Prestes, o INICS – Instituto Nossa Itapetininga
Cidade Sustentável, em Itapetininga e o Grupo Cultural Mesma Frequência, em
Sorocaba. Excetuando esta última, que anda meio parada, sempre consigo achar um
jeito de participar das demais.
O que Margha Bloes
representou para você e para a Cultura de Itapetininga?
HR: Margha Bloes foi, indiscutivelmente, a maior
teatróloga de Itapetininga. Ela conseguiu verdadeiros milagres realizando peças,
sem dinheiro e sem artistas profissionais, que fizeram sucesso até nacionalmente,
como os notáveis ‘Arlequim, servidor de dois amos’, ‘Milagre de Anne Sullivan’,
‘Introitus’ e a última, ‘Simplesmente Francisco’. Mas mais do que isso, Margha
foi uma pessoa absolutamente notável como ser humano inigualável; humilde,
simples, que nunca buscou a notoriedade, mas foi genial em tudo que fez.
Se fosse possível fazer uma avaliação do Brasil após o fim da ditadura até os dias atuais, qual seria a sua?
HR: Rogério, vou dizer uma coisa que talvez
surpreenda você a seus leitores: acho que o Brasil atualmente passa pelo seu
melhor momento histórico como nação. Graças à Operação Lava-Jato, crescemos
enquanto povo, pois não admitimos mais a corrupção (acabou de vez a aceitação
do “roubo, mas faço”); não abrimos mão da democracia como regime ideal (com
liberdade de imprensa e instituições funcionando normalmente), nem de uma
economia liberal, aberta a investidores. Isso só está ocorrendo agora, graças
aos avanços proporcionados pela última Constituição Brasileira, promulgada em 05 de Outubro de 1988.
Você já parou para
refletir sobre quantos momentos importantes já esteve ligado diretamente e
indiretamente?
HR: Já sim e, imodestamente afirmo que sempre me
orgulhei muito de mim, seja como marido, pai, avô, bisavô (sim meu bisneto
Tales já vai fazer, logo logo, dois aninhos de vida!), como profissional,
amigo, honesto, sério e idealista. (pelo jeito só faltou dizer que sou muito
modesto....rs)
Expediente do jornal O Popular de Itapetininga |
Tal pai, tal filho. Fábio Arruda Miranda comanda a bem-sucedida Revista Top da Cidade. Algum outro filho seu também seguiu seus passos?
HR: Além do Fábio, meus outros dois filhos homens, o
Paulo Rubens e o Pedro Rubens, mostram claras tendências para a área de
comunicação, mas até agora nenhum dos dois adotou o jornalismo como meta.
Embora no início, qual sua opinião sobre o governo Bolsonaro?
HR: Eu acho que a eleição do Bolsonaro foi um erro, pois
para mim ele não tem capacitação para assumir o cargo de Presidente da
República do Brasil, mas acho também que – como nada acontece ‘para trás’, pois
a lei da evolução é inexorável - sua eleição poderá acabar beneficiando o Brasil,
pois meu otimismo me faz ver coisas boas em seu governo, como a escolha dos ministros
da Justiça e da Economia. Assim, ainda que o restante do ministério seja de
medíocre para baixo, acho que estamos vivendo uma nova e rica experiência: ‘de
direita’, com Bolsonaro, contraponto com as ‘de esquerda’ de Lula & Dilma e
que, como naquele brinquedo do João-Bobo, o eleitor brasileiro acabará
encontrando um político bom e ‘de centro’, porque é para frente que se anda.
Algo de que tenha se arrependido?
HR: Não, nada de relevante que eu me lembre...
Um sonho não realizado?
HR: Talvez o de não ser um jornalista ou escritor
nacionalmente famoso.
O que ainda almeja?
HR: Quero morrer continuando a ver meus filhos e minha
esposa sempre felizes e realizados.
Uma saudade?
O irmão Miranda Neto |
HR: Muitas. Dos meus pais, dos meus irmãos já falecidos
Alberto Henrique, Carmem Silvia e Francisco Antonio, e da minha irmã Sonia
Marly, que mora em São Paulo e por isso nos vemos pouco.
Helio Rubens por
Helio Rubens?
HR: Um idealista feliz e bem-aventurado que até já criou
uma frase para sua lápide: ‘Aqui jaz Helio Rubens: absolutamente contra a sua
vontade’
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