quinta-feira, 27 de junho de 2019

Entrevista com Helio Rubens de Arruda e Miranda, um dos mais importantes e queridos nomes da imprensa e Cultura de Itapetininga



O entrevistado da vez é o jornalista Helio Rubens de Arruda e Miranda, editor do Jornal Cultural ROL Inter-Net Jornal e responsável por veículos de comunicação que deixaram sua marca na história da imprensa itapetiningana, como Nossa Terra e O Popular.
Como entrevistador, a ideia era receber as respostas e publicá-la em texto corrido, mas o conteúdo é tão rico que seria impossível e um ‘pecado’ não apresentá-las ao leitor, fielmente, da forma como vieram.
Nesta diferente entrevista, Helio Rubens fala de sua paixão pelo jornalismo, das experiências em outros segmentos, dos casamentos, família, política, religião e inclusive opina sobre o atual presidente da república.

Nome completo, data e local de nascimento:
Helio Rubens de Arruda e Miranda, nascido em São Paulo, capital, dia 13 de setembro de 1942.

Filiação:
HR: Sou filho de dois itapetininganos dos quais me orgulho muito, minha mãe Elsa de Arruda e Miranda e meu pai, Alcindo Guanabara de Arruda e Miranda, os dois heroicos combatentes da Revolução Constitucionalista de 1932. Meu pai, para meu orgulho aumentar, será homenageado no próximo dia 9 de Julho com a ‘Medalha da Constituição’, a mais alta honraria entregue pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Em qual ano e por que escolheu Itapetininga para viver?
HR: Vim para cá, saído da Capital, onde nasci, basicamente por dois motivos: primeiro pelo amor à cidade de Itapetininga que aprendi a ter com meus pais e segundo porque resolvi trocar a vida agitada da São Paulo e um cargo de executivo de multinacional pela então (hoje já não é mais tanto....rs) pacata Itapetininga e sua gostosa vida interiorana.

Quais profissões exerceu antes de se tornar jornalista?
HR: Comecei como ‘office boy’ na tradicional loja Mappin. Esse cargo existia antigamente e dava direito até a uma Carteira de Trabalho de Menor. Essa função ‘servia para tudo’, de mensageiro a carregador de mercadorias, passando por trabalho burocrático. Foi meu início de vida profissional e um período que lembro com carinho, pois nele aprendi a ter responsabilidade no trabalho, a obedecer ordens e a conjugar o trabalho com os estudos. Infelizmente isso não existe mais, o que é uma bobagem inventada por não sei quem, que trata trabalho como um castigo, quando na verdade é uma virtude. Meu pai sempre dizia e eu endosso: “o trabalho enobrece o Homem”. Depois, fui publicitário e me tornei um especialista em franquia, uma atividade ligada ao marketing e muito comum hoje em dia. Gerenciei empresas grandes, como a Vila Romana, Lãs Pingouin, Peles Polo Norte e outras, como a Confecções Jack, em Porto Alegre e tive uma agência de propaganda, mas nunca deixei de escrever para jornais e revistas.
Helio Rubens e seu time do coração
Como o jornalismo entrou em sua vida?
HR: Na verdade, Rogério, eu acho que ‘nasci’ jornalista...rs. Desde a minha infância, consequência de uma vocação irrefreável, eu gostava de brincar de jornalista ou radialista. Meu primeiro jornal foi ‘O Fernão Dias Pais’, nome do colégio estadual em que eu estudava, mas nunca fui jornalista profissional em São Paulo.

Você esteve ligado a importantes momentos do jornalismo na imprensa itapetiningana. Você foi o fundador do jornal Aparecida do Sul?
HR: Não, quem fundou o jornal Aparecida do Sul foi o jornalista Galvão Junior, que eu não conheci pessoalmente. Fui proprietário desse jornal anos depois da sua fundação, adquirindo-o do então também jornalista e empresário José Salem.  Para mim, essa foi uma experiência brilhante na minha vida, pois consegui – com o apoio de companheiros - fazer um jornalismo dinâmico, muito informativo e sério, que tinha a coragem de abertamente denunciar a censura à imprensa imposta pela ditadura militar de então. Interessante relembrar que, no início, o Aparecida do Sul ainda era impresso tipograficamente, bem à moda antiga. Felizmente contei com o trabalho do melhor tipógrafo que conheci em toda minha vida, chamado popularmente de ‘Pedro Saravá’. Ele conseguia montar as páginas do jornal, letra por letra, com uma rapidez incrível e sem erros e depois imprimia numa máquina antiquíssima, mas que ainda proporcionava uma boa impressão. Anos depois, com muita dificuldade, consegui adquirir um linotipo, que foi uma grande evolução tecnológica, pois conseguia ‘a proeza’ de compor linhas inteiras em chumbo, evitando assim a composição letra por letra...rs

Os jornais Nossa Terra e O Popular de Itapetininga marcaram uma nova fase no jornalismo de Itapetininga. Quando surgiu o NT e o Pop?
HR: Depois do Aparecida do Sul, montei o jornal ‘Nossa Terra’, em tamanho standard, juntamente com o Marco Antonio Vieira de Moraes e, logo após, em formato tabloide, o ‘O Popular de Itapetininga’. Em ambos conseguimos, graças a uma equipe notável, que contou inclusive com a sua importantíssima participação, fazer um jornalismo realmente de boa qualidade, que acabou marcando mesmo uma nova época no jornalismo da nossa cidade. Passei o jornal para um grupo de amigos que fazia o jornal comigo, quando aceitei um convite para voltar à antiga função de diretor de marketing e fui morar em Porto Alegre, onde fiquei por dois anos.

O Nossa Terra inicialmente era um jornal voltado ao setor agropecuário? Houve esta relação?
HR: Não, realmente esse nome foi aceito porque permitia essa relação com a agricultura, mas na prática acabou sendo um jornal inteiramente urbano, relacionado com a nossa cidade, a nossa terra de Itapetininga.

 

O Popular de Itapetininga, em formato tabloide, estampou inúmeras polêmicas, como aquela de 1996, quando, na calada de noite, vereadores da Câmara local aprovaram o aumento de seus próprios vencimentos para o mandato seguinte. A equipe da MHM Comunicações (editora do NT e do O Popular) registrou tudo e, no dia seguinte, foi um verdadeiro escândalo entre aqueles que eram os maiores interessados no aumento e críticas ao jornal, bem como muitos elogios pela reportagem. Foi mais ou menos isto que aconteceu?
HR: Realmente esse foi um momento, digamos épico, do POP, mas existiram muitos outros, pois o jornal era ansiosamente esperado pelos leitores. A cada novo número editado, novos assuntos polêmicos eram publicados e logo viravam assunto em toda a cidade. Promovemos eventos importantíssimos para a politica da época, como o ‘Encontros com o Povo’, ocasiões em que conseguimos trazer para Itapetininga grandes lideranças, como Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso e tantos outros.
Fechamento anunciado: e assim aconteceu...

Por que você deixou os jornais Nossa Terra e O Popular, onde era editor-chefe?
HR: Eu sempre fui muito dedicado a tudo que fiz na vida, inclusive - e principalmente – ao jornalismo. Mas nunca soube ganhar dinheiro, o máximo que eu conseguia era grana para manter o jornal vivo. Vendi a minha parte na MHM Editora para o Messias Ferreira Lucio, que era meu sócio, e parei com os jornais, mas ele deu continuidade.

Quando surgiu a ideia de criar um jornal somente com notas culturais, no caso, o ROL – Região On-Line?
HR: Essa foi mais uma ‘aventura jornalística’ minha, há 25 anos, exatamente em 1994, ainda quando a internet mal tinha começado no Brasil e ele acabou ‘viralizando’ na época (considerando o quadro de então, onde poucos conheciam a internet).  Contamos atualmente com colunistas e correspondentes em diversas cidades, estados e países (até no Japão temos um deles) e, claro, leitores em todos os continentes, prestando assim um imenso serviço à promoção da cultura, ou seja, cumprindo garbosamente o papel para o qual foi criado.
A cada aniversário (do Nossa Terra ou O Popular), diretores, funcionários, colunistas e convidados, se reuniam para comemorar, como neste encontro, onde estavam presentes os saudosos Jacob Bazarian, Dr. Bastos e Jhota Luiz

O ROL é um grande sucesso, com leitores em vários países. Fale sobre esse ‘filho’ virtual.
HR: O ROL é querido e louvado por ser um jornal não-comercial, que não admite anúncios nem patrocínios de qualquer espécie e não conta também com nenhum subsídio oficial. Ele nasceu como jornal eletrônico ROL – Região On Line, mas cresceu, superou fronteiras e agora se chama Jornal Cultural ROL. Temos uma excelente equipe de colunistas, representantes e colaboradores. Editorialmente falando, o ROL sempre se dedicou à publicação de eventos culturais gratuitos e artigos assinados e assim continua até hoje, com fôlego e entusiasmo para durar mais 25 anos...rs. Temos dois editores, eu aqui em Itapetininga e o intelectual Sergio Diniz da Costa em Sorocaba e características editoriais próprias, que fizeram por merecer até um ‘Manual de Estilo e Redação’ só para ele.   E continua como começou: sem patrocinadores e com todos trabalhando voluntariamente. Apesar disso, o Jornal Cultural ROL cresce cada vez mais e tem fôlego até para realizar o mais importante evento cultural realizado em Sorocaba, Itapetininga e Porto Feliz, a promoção ‘Melhores do Ano na Área Cultural’
Ao lado do grande amigo e também editor do Jornal Cultural Rol, Sérgio Diniz
Já que o assunto é Internet, como você vê a tecnologia dos dias de hoje e o início da carreira jornalística? Mudou muito?
HR: Hoje, meu amigo Rogério, consigo fazer praticamente sozinho, semanalmente, o Inter-NET Jornal, minha ‘nova invenção’ jornalística. Comparado com as enormes dificuldades que havia no tempo do Aparecida do Sul, hoje é uma moleza compor um jornal inteiro. Sou editor, redator, repórter, fotógrafo, publicitário, diagramador, paginador e colunista e faço tudo isso diretamente do computador da minha casa. O Inter-NET jornal é um jornal virtual, enviado gratuitamente a quem solicitar assinatura e editorialmente aberto a todas as áreas. Aceita anúncios e patrocínios como qualquer outro veículo de imprensa. Nasceu recentemente - para ser preciso, no dia 9 de Junho de 2019  e já conta com vários companheiros e centenas de assinantes, mostrando que está no caminho certo e eu espero que sim, mesmo, pois prevejo um grande futuro por ser ele um veículo que une a arte do jornalismo com os recursos da internet, algo novo no pedaço.
Coluna especial sobre a Semanart do Jornal Nossa Terra. 'Dizem Mais Não Provam..' foi um dos maiores sucessos já publicados pela imprensa itapetiningana. A polêmica dava o tom das notas, aliás, uma das marcas do periódico
Você é afiliado a algum partido político?
HR: Já há um bom tempo estou desligado de atividades político-partidárias. Acho que sou ‘livre demais’ para aceitar seguir as regras partidárias... o que eu acho bom, elogio, mas o que não gosto também não fica sem minha manifestação e isso, provavelmente, não deve agradar muito às lideranças dos partidos...que preferem gente mais obediente... Mas não acho errado quem deles participa. Eu mesmo, ainda no tempo da ditadura militar, fui fundador de diversos partidos políticos aqui na região de Itapetininga, principalmente nas cidades de Capão Bonito, Sarapuí, São Miguel Arcanjo e Angatuba. Fui, inclusive, membro fundador nacional do PSDB – partido da Social Democracia que, à época, representava o que de mais avançado existia em doutrina política no mundo, a social-democracia, mas que, com o exercício do poder e o tempo, parece que perdeu suas principais bandeiras.

Você fez a campanha (marketing) de prefeitos que se elegeram em Itapetininga, com mandatos que entraram para a história. Foi isso mesmo?
HR: Sim, graças aos conhecimentos mercadológicos que aprendi no exercício das diversas áreas da comunicação, fui coordenador de diversas campanhas a prefeitos de Itapetininga (Élcio de Almeida, José Carlos Tardelli, Ricardo Barbará, Edson Giriboni e, mais recentemente, apoiador da campanha do Ércio Giriboni), de Capão Bonito (Hélio de Souza, Roberto Tamura), Angatuba (Emilio Carlos Lisboa) e  Fartura (Jurandi Dognani), entre outros.

Você já recebeu convites para se candidatar a prefeito, vereador ou deputado?
HR: Como  exerci as mais diversas atividades jornalísticas em Itapetininga e Sorocaba, como produtor e apresentador do programa ‘Berlinda’ nas TVs Verde e TVi, comentarista da TV TEM de Itapetininga, comentarista e apresentador de programa na TV COM, de Sorocaba, apresentador do programa ‘Helio Rubens Recebe Personalidades’ na TV Verde, criador do jornalismo na Rádio Clube de Itapetininga, fundador da AJORI – Associação dos Jornalistas e Radialistas, escritor com dois livros publicados, produtor e apresentador da TV virtual Sorocaba Ao Vivo, como produtor e apresentador do programa ‘Transparência’, e em tantas outras atividades na área cultural e de comunicação, acabei sendo bem conhecido em Itapetininga e Sorocaba. Devido a isso meu nome volta e meia é lembrado para ser candidato a algum cargo público, mas nunca aceitei, porque positivamente não sou o  candidato, aquele que dá tapinhas nas costas até de quem eu não gosta....rs e nunca tive recursos para bancar uma campanha.  

Como começou sua amizade com Jacob Bazarian? Sabe-se que vocês eram grandes amigos. O que representa ou representou JB para Itapetininga e para o Brasil?
HR: Jacob Bazarian foi meu grande mestre aqui em Itapetininga e um dos meus melhores amigos. Frequentava amiúde a minha casa, a ponto de meus filhos o chamarem de ‘Vô Jacob’ e na casa dele, por vezes, passamos noites tomando vinho e eu usufruindo de seus enormes saberes. Foi, na minha opinião, o maior intelectual de Itapetininga em todos os tempos. Estou, a pedido do Fábio Miranda, da Commark Comunicações, escrevendo um livro sobre esse grande idealista, onde relato ‘causos’ e episódios interessantes dos quais ele participou. No próximo mês de outubro, se vivo fosse, JB estaria completando 100 anos e essa importante data não passará despercebida: três grandes eventos importantes estão programados: o lançamento do meu livro sobre ele, uma exposição a ser realizada pelo MIS – Museu da Imagem e do Som, do qual fomos fundadores e uma hiper palestra que está sendo preparada pela FKB com o reitor da USP – Universidade de São Paulo.

Você está casado pela terceira vez?
HR: Sim, a vida prepara dessas para a gente, mas finalmente encontrei a mulher com a qual vou morar a vida toda, Ana Elisa, minha queridíssima esposa, parceira, amante, namorada, conselheira, médica, filha, mãe e confidente, entre outras atribuições que me fazem sentir o marido mais feliz do mundo.

Os filhos são de seus relacionamentos anteriores? Quantos filhos? E netos? Já tem bisnetos?
HR: Tenho cinco filhos maravilhosos, os quais amo profundamente: a Thais, o Fabio, a Silvia, o Paulo Rubens e o Pedro Rubens, estes dois últimos frutos do meu segundo matrimônio, cinco lindos netos Daniel, Marcela, Kika, Rafael, Gabriel, Malu e Bia, e um igualmente lindo bisneto, o Tales.



Você é ateu?
HR: Para responder objetivamente é preciso analisar essa palavra. Prefiro me designar como agnóstico, aquele que ainda não descobriu um deus. O termo ateu sugere uma posição de alguém que nega a existência de Deus, mas como ter essa posição se ele de fato existe para mais de 80% da humanidade? 

Cite um nome que admira como político:
HR: Se tiver que citar só um, lembro do ex-governador do Estado de SP, André Franco Montoro, o político mais puro e competente que conheci, positivamente um grande homem! Se puder acrescentar mais de um, cito os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Juscelino Kubstscheck e, mais longinquamente, o líder da Independência D. Pedro I, todos grandes estadistas.

E Júlio Prestes? Você é um grande lutador para que seu nome (retrato) figure na galeria de presidentes do Brasil. Como está o movimento?
HR: Temos um grupo no WhatsApp dedicado só a esse assunto: a absoluta necessidade para quem quiser bem contar a História do Brasil. Estou escrevendo um livro com o nome de ‘O Golpe de 1930 – À procura da Verdade Histórica’, onde tenho a pretensão de acrescentar informações sobre a figura ímpar de Júlio Prestes de Albuquerque, o melhor governador (na época se denominava presidente) de São Paulo em todos os tempos e eleito presidente da República, e que não tomou posse devido a um vergonhoso golpe de Estado praticado por Getúlio Vargas, que depois virou um sanguinário ditador.

Além de seu trabalho como jornalista, você participa ativamente de entidades importantes como o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, IHGGI – Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Itapetininga, Academia Itapetiningana de Letras, criou a AJORI, entre muitas outras atividades. Deve se orgulhar. Como é dividir o tempo em tantas coisas?
HR: São muitas as entidades às quais pertenço. Além dessas cito o Instituto Júlio Prestes, o INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável, em Itapetininga e o Grupo Cultural Mesma Frequência, em Sorocaba. Excetuando esta última, que anda meio parada, sempre consigo achar um jeito de participar das demais.

O que Margha Bloes representou para você e para a Cultura de Itapetininga?
HR: Margha Bloes foi, indiscutivelmente, a maior teatróloga de Itapetininga. Ela conseguiu verdadeiros milagres realizando peças, sem dinheiro e sem artistas profissionais, que fizeram sucesso até nacionalmente, como os notáveis ‘Arlequim, servidor de dois amos’, ‘Milagre de Anne Sullivan’, ‘Introitus’ e a última, ‘Simplesmente Francisco’. Mas mais do que isso, Margha foi uma pessoa absolutamente notável como ser humano inigualável; humilde, simples, que nunca buscou a notoriedade, mas foi  genial em tudo que fez.

Se fosse possível fazer uma avaliação do Brasil após o fim da ditadura até os dias atuais, qual seria a sua?
HR: Rogério, vou dizer uma coisa que talvez surpreenda você a seus leitores: acho que o Brasil atualmente passa pelo seu melhor momento histórico como nação. Graças à Operação Lava-Jato, crescemos enquanto povo, pois não admitimos mais a corrupção (acabou de vez a aceitação do “roubo, mas faço”); não abrimos mão da democracia como regime ideal (com liberdade de imprensa e instituições funcionando normalmente), nem de uma economia liberal, aberta a investidores. Isso só está ocorrendo agora, graças aos avanços proporcionados pela última Constituição Brasileira,  promulgada em 05 de Outubro de 1988.

Você já parou para refletir sobre quantos momentos importantes já esteve ligado diretamente e indiretamente?
HR: Já sim e, imodestamente afirmo que sempre me orgulhei muito de mim, seja como marido, pai, avô, bisavô (sim meu bisneto Tales já vai fazer, logo logo, dois aninhos de vida!), como profissional, amigo, honesto, sério e idealista. (pelo jeito só faltou dizer que sou muito modesto....rs)
Expediente do jornal O Popular de Itapetininga

Tal pai, tal filho. Fábio Arruda Miranda comanda a bem-sucedida Revista Top da Cidade. Algum outro filho seu também seguiu seus passos?
HR: Além do Fábio, meus outros dois filhos homens, o Paulo Rubens e o Pedro Rubens, mostram claras tendências para a área de comunicação, mas até agora nenhum dos dois adotou o jornalismo como meta.

Embora no início, qual sua opinião sobre o governo Bolsonaro?
HR: Eu acho que a eleição do Bolsonaro foi um erro, pois para mim ele não tem capacitação para assumir o cargo de Presidente da República do Brasil, mas acho também que – como nada acontece ‘para trás’, pois a lei da evolução é inexorável - sua eleição poderá acabar beneficiando o Brasil, pois meu otimismo me faz ver coisas boas em seu governo, como a escolha dos ministros da Justiça e da Economia. Assim, ainda que o restante do ministério seja de medíocre para baixo, acho que estamos vivendo uma nova e rica experiência: ‘de direita’, com Bolsonaro, contraponto com as ‘de esquerda’ de Lula & Dilma e que, como naquele brinquedo do João-Bobo, o eleitor brasileiro acabará encontrando um político bom e ‘de centro’, porque é para frente que se anda.

Algo de que tenha se arrependido?
HR: Não, nada de relevante que eu me lembre...

Um sonho não realizado?
HR: Talvez o de não ser um jornalista ou escritor nacionalmente famoso.

O que ainda almeja?
HR: Quero morrer continuando a ver meus filhos e minha esposa sempre felizes e realizados.

Uma saudade?
O irmão Miranda Neto
HR: Muitas. Dos meus pais, dos meus irmãos já falecidos Alberto Henrique, Carmem Silvia e Francisco Antonio, e da minha irmã Sonia Marly, que mora em São Paulo e por isso nos vemos pouco.









Helio Rubens por Helio Rubens?
HR: Um idealista feliz e bem-aventurado que até já criou uma frase para sua lápide: ‘Aqui jaz Helio Rubens: absolutamente contra a sua vontade’

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